terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Tempo, olhos e palavras na boca



Já não vale esperar pelo seu tempo, o seu relógio não funciona mais como o meu
O que antes pra mim era remédio, tornou-se veneno os lábios teus.
Se a chuva não incomodar, prometo que eu vou partir
Se o sol iluminar, prometo sair daqui.
Voa o tempo, contratempo, paro um dia ou dois
Deixo pra depois
Agora volta, sorridente, levo as mãos ao peito
Lembro vagamente.

E assim não vale olhar, os seus olhos já não recordam nada,
Os meus olhos não querem ver nada.
Meu amor já não tem canção, não tem nome e nem coração
O que me move é a brisa do mar e me comove com seu tintilar.
Se a chuva não incomodar, prometo te visitar
Se o sol iluminar, volto pra casa sem me queixar.
Passo a passo, destino, sigo meu caminho.
E o tempo volta a correr, a menina já não quer crescer
O que resta é tentar esquecer, que o tempo só quer se mover.